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#Fasc2025
Durante a 40ª edição do Festival de Artes de São Cristóvão, nossa equipe
encontrou uma programação muito interessante ao percorrer os arredores da
cidade: uma oficina de contação de histórias sobre a cultura negra para crianças de
4 a 12 anos.
A “Oficina de contação de histórias: raízes que contam e encantam” foi realizada no
domingo, dia 23, das 15hs às 17hs, facilitada pelo Professor Marcos Vinícius que
trouxe como tema o mês da consciência negra.
Nossa equipe conversou com ele sobre essa iniciativa, e ele expressou muita
alegria de realizar essa oficina pela primeira vez, pois, segundo declarou, “contar
histórias e ouvir, é um hábito que tenho desde criança, antes mesmo de começar a
praticar qualquer tipo de oralidade”.
(Foto de Natally Janielle)
Rádio Rosa: Por que você escolheu como tema o mês da consciência negra e por
que a escolha da faixa etária dos 4 aos 12 anos de idade?
Marcos Vinícius: O objetivo dessa oficina de hoje é a contemplação da história
afrodescendente brasileira.
Eu fiz uma aula toda preparada para isso, para a valorização e a celebração da
cultura negra. Histórias, músicas, brincadeiras, e outras dinâmicas voltadas à
ancestralidade africana, pois não é apenas um dia (o 20 de novembro) que precisa
ser celebrado, comemorado e edificado.
Em relação à escolha da faixa etária, é porque gosto muito de trabalhar com
crianças pois é nessa faixa de idade que se formam os primeiros contatos com a
arte e com as histórias. E a gente enquanto educador consegue promover mais
histórias da cultura negra e afro-brasileira, pra elas já crescerem com orgulho de si,
de suas histórias e valorizarem suas raízes.
O arte-educador e facilitador dessa iniciativa nos revelou que contou com a parceria
de Ana Carla, que disponibilizou o espaço recém-inaugurado para realização da
oficina. E claro, conversamos com ela também.
(Foto de Natally Janielle)
Rádio Rosa: Como surgiu essa parceria com Marcos Vinícius para realização
dessa oficina?
Ana Carla: Aqui o meu espaço se chama “Estrela do Oriente”, que foi inaugurado
nessa edição do Festival, a gente inaugurou na quinta-feira. E eu já tenho quase
dez anos de atuação como terapeuta holística e o foco da casa é justamente o
cuidado integrativo. A gente tem um consultório, que é o espaço de atendimento
terapêutico com as terapias holísticas naturais, mas também tem a parte de
artesanato. Eu também sou artesã e enxergo o artesanato como um lugar
fundamental pra manutenção da saúde. A gente tem aqui um espaço de literatura
sergipana também, porque também enxergo a literatura desse lugar que contribui
pra cura, pra saúde, sabe? E a contação de histórias pra crianças também.
Então, pensar nessa oficina junto com o Marcos foi pensar nisso, em trazer algo que
é também pra saúde das crianças, porque hoje a gente tá com uma geração de
crianças completamente apegada às telas. E parar um pouco pra ter uma tarde
onde as crianças não vão estar de frente de uma televisão, nem com o celular na
mão, porque vão estar brincando e aprendendo histórias é um lugar de manutenção
da saúde dessas crianças.
E também celebrando esse mês da consciência negra, trazendo a parte
consciencial, não só uma contação de história, de qualquer história, mas uma
contação de história com um propósito maior de contribuir nesse processo de
formação do caráter e da personalidade das crianças.
(Por Natally Janielle, em 27 de novembro de 2025)
